A Court of Frost and Starlight – Sarah J. Maas

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  •    Autor: Sarah J. Maas
  •    Editora: Bloomsbury
  •    Nº de Páginas: 272
  •    Edição: 1
  •    Ano: 2018
  •    Título Original: –
  •    Tradutor: –

   Avaliação: 9,5

Se você não sofreu, amou e se descabelou com ACOTAR, ACOMAF e ACOWAR é melhor nem ler a resenha de ACOFAS (siglas, muitas siglas).

Narrado por Feyre e Rhysand, essa história é uma ponte entre os acontecimentos de Corte de Asas e Fúria e os próximos livros da série.

Feyre, Rhys e seu círculo de amigos ainda estão ocupados com a reconstrução da Corte Noturna e do mundo drasticamente diferente além. Mas o Solstício de Inverno finalmente se aproxima, a noite mais longa do ano, e com isso, um descanso arduamente conquistado. No entanto, mesmo a atmosfera festiva não pode evitar que as sombras do passado se aproximem. Conforme Feyre navega seu primeiro Solstício de Inverno como Grã-Senhora, ela descobre que aqueles que ama possuem mais feridas do que ela antecipava – cicatrizes que terão um impacto duradouro no futuro da sua amada Corte. (tradução livre)

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Bem-vindos a uma resenha curta de um livro curto, sem grandes acontecimentos. Em ACOFAS é quase como se Sarah quisesse nos mostrar (ou assegurar) que nossos personagens estão sobrevivendo -e alguns se curando, após tudo o que aconteceu com eles em Corte de Asas e RUÍNA. (Eu ainda não tinha superado o susto que o Rhys me deu!)

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Ou seja, há vida após a guerra e ela pode virar um Especial de Natal féerico nas mãos da pessoa certa.

Provavelmente não sou a pessoa mais indicada para falar sobre essa série (ou essa autora). Assim que terminei de ler ACOFAS, reli os três livros anteriores. Em 5 dias. Isso só serviu para gravar ainda mais a história de Feyre Archeron em meu coração, aparar as arestas da primeira leitura de Corte de Névoa e Fúria e a surpresa que vem com ela e confirmar que esses são “favoritos da vida”. Posso seguramente dizer que seria necessário muito trabalho da parte da sra. Maas para escrever uma vertente de Prythian que eu não gostasse.

Ou talvez seja por isso mesmo que sou fonte segura de resenhas dela, minha animação faz com que eu queira sair pelo mundo gritando pra todos lerem esses livros maravilhosos, e até obrigando algumas pessoas no processo (oi, mãe!).

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Feyre agora lida com as questões burocráticas e a papelada que vem com o cargo de rainha da porra toda, enquanto Rhys continua sendo Rhys (logo, maravilhoso) e sai por aí tentando apagar sozinho e de uma só vez todos os incêndios que aparecem. Porém, reconstruir prédios é a parte fácil. Ninguém está realmente preparado para lidar é com as feridas internas, aquelas que nem sempre saram, aquelas que nem seus portadores sabem como curar.

Esse livro é uma boa introdução para o que está por vir: Nesta, a Terrível + Cassian e provavelmente um triangulo (tava demorando) amoroso entre Elain, Lucien e Azriel. Posso adiantar que já estou me preparando para isso, caso alguém queira, vou disponibilizar um kit #teamazriel com camiseta, botton e sifões azuis. Mas fora isso sou imparcial. 😉

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E, mesmo que A Court of Frost and Starlight (algo como Corte de Geada e Luz Estelar, o que na minha opinião fica esquisito) seja uma história entre histórias, eu aproveitei imensamente sua leitura. Ela tem uma delicadeza e contentamento que não vemos nos outros livros, já que tudo geralmente está indo de mal a pior. Arrisco a dizer que é um livro feliz, apesar de alguns personagens ainda não terem encontrado essa felicidade. O jeito como Corte de Asas e Ruína deixou meu casal favorito precisava de algo a mais, e aqui conseguimos isso. É um fechamento digno para Ferysand e o finalzinho me trouxe lágrimas aos olhos.

Obviamente não vejo a hora de botar minhas mãozinhas humanas na continuação.

 

Graça e Fúria – Tracy Banghart

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  •     Autor: Tracy Banghart
  •    Editora: Seguinte
  •    Nº de Páginas: 298
  •    Edição: 1
  •    Ano: 2018
  •    Título Original: Grace and Fury
  •    Tradutor: Isadora Prospero
  •    Avaliação: 6,0

Duas irmãs lutam para mudar o próprio destino no primeiro volume de uma série de fantasia repleta de romance, ação e intrigas políticas. Em Viridia, as mulheres não têm direitos. Em vez de rainhas, os governantes escolhem periodicamente três graças — jovens que viveriam ao seu dispor. Serina Tessaro treinou a vida inteira para se tornar uma graça, mas é Nomi, sua irmã mais nova, quem acaba sendo escolhida pelo herdeiro. Nomi nunca aceitou as regras que lhe eram impostas e aprendeu a ler, apesar de a leitura ser proibida para as mulheres. Seu fascínio por livros a levou a roubar um exemplar da biblioteca real — mas é Serina quem acaba sendo pega com ele nas mãos. Como punição, a garota é enviada a uma ilha que serve de prisão para mulheres rebeldes. Agora, Serina e Nomi estão presas a destinos que nunca desejaram — e farão de tudo para se reencontrar.

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Bem, isso foi constrangedor.

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Cheguei cheia de amor pra dar, pronta pra ter um novo favorito na estante e sair contando pra todo mundo como eles precisavam desse livro em suas vidas. Graça e Fúria é meio que uma mistureba de O Conto da Aia, A Rainha Vermelha, A Seleção e literalmente qualquer coisa com um sultão e um harém envolvidos. Ele tem uma premissa ótima, e só a dedicatória já me deixou salivando, mas faltou algo.

Provavelmente outra pessoa no lugar da Nomi. Ela supostamente era a esperta, a rebelde, a irmã cheia de recursos… é, supostamente. Quando ela foi parar no palácio pensei “Agora ela vai fazer do Malacchi sua v@di$ e mostrar quem manda.” O que aconteceu foi um pouco diferente, e me deixou com ódio no coração a maioria do tempo.

Ingênua, tonta, insegura, inconstante e, pra não dizer outra coisa, não uma das personagens mais brilhantes que já vimos por aí. Suas escolhas não condiziam com o que ela ficava matutando e, pra uma moça dita sagaz e desesperada por individualidade, ela caiu direitinho em armadilhas que estavam GRITANDO “É UMA CILADA, BINO!” Foi frustrante pois, sinceramente, essa era a parte que eu mais queria ver.

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Eu, após cada uma das decisões questionáveis da Nomi.

Quem salvou foi Sarina, a outra irmã que passou a VIDA INTEIRA sendo ensinada a baixar a cabeça e não pensar muito no assunto. Em qualquer assunto, na verdade. Ela tinha um trabalho, ser bonita e vazia, e estava contente/resignada em conseguir isso. O que importava era ter a proteção e conforto do palácio e manter a irmã (aquela que devia ser dahora) longe de encrenca.

Quando as coisas vão ladeira abaixo pra ela, Sarina descobre uma força escondida, uma motivação até então desconhecida e luta, com unhas, dentes e uma postura reta, pra ajudar a irmã. Pois é, até ela sabia que a Nomi sozinha ia dar ruim. Os papéis se invertem e, de repente, eu estava esperando para ver o que aconteceria com ela. Só pra adiantar, sem dar spoilers, os capítulos da prisão são os melhores.

Bem, falemos sobre l’amour. Talvez fosse de se esperar que, após reler toda a  série Corte de Espinhos e Rosas (Sarah J. Mass), dificilmente o próximo romance que apareceria na minha frente seria lindo. Pra mim não tem como ganhar de Feysand. E, de fato, o que encontrei em Graça e Fúria foi… morno. E totalmente instantâneo, do tipo “Viu, você está vendo a sua vida ir pra m&rd@, esse realmente é o melhor momento pra SUSPIRAR por alguém?!?!?”

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No geral tudo pareceu um ensaio, um esboço do que o livro devia ter sido. Já li MUITA fantasia YA pra estar cansada de romances do nada e protagonistas teoricamente phodas, porém bobas. Resumindo, se a autora tivesse passado mais tempo debruçada nessa história, adicionado mais elementos ou pelo menos trabalhado mais nas suas personagens e na mudança radical que estava acontecendo na vida/cabeça delas (Oi, Sarina) as coisas provavelmente seriam melhores. É um livro sobre feminismo e sobre ser verdadeira consigo, mas apenas uma das irmãs atinge esse objetivo.

Na verdade, eu devia até avaliar com uma nota menor, a trama não é das mais originais, o plot twist (aquela reviravolta básica) foi tão previsível que eu vi ele chegando já na primeira interação dos personagens (sério, se você não viu, é porque você é novo no ramo da literatura) e as situações no geral são um apanhado de vários outros livros. Mas a tentativa de algo inspirador valeu. Como a esperança é a ultima que morre, vou ler a continuação, mas sem esperar cair da cadeira com ela.

Mulher-Maravilha: Sementes da Guerra – Leigh Bardugo

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  •    Autor: Leigh Bardugo
  •    Editora: Arqueiro
  •    Nº de Páginas: 400
  •    Edição: 1
  •    Ano: 2017
  •    Título Original: Wonder Woman – Warbringer
  •    Tradutor: Mariana Serpa
  •    Avaliação: 9,0

 

Antes de se tornar a Mulher-Maravilha, ela era apenas Diana.
Filha da deusa Hipólita, Diana deseja apenas se provar entre suas irmãs guerreiras. Mas quando a oportunidade finalmente chega, ela joga fora sua chance de glória ao quebrar uma lei das amazonas e salvar Alia Keralis, uma simples mortal.
No entanto, Alia está longe de ser uma garota comum. Ela é uma semente da guerra, descendente da infame Helena de Troia, destinada a trazer uma era de derramamento de sangue e miséria. Agora cabe a Diana salvar todos e dar seu primeiro passo como a maior heroína que o mundo já conheceu.

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Esqueça o filme maravilhoso (sem trocadilhos) da DC. A história contada aqui tem uma dimensão completamente diferente, e é tão incrível quanto!

Primeiro quero deixar claro que eu nunca li/lerei as HQs (é uma longa história, mas basicamente eu tenho horror a deixar uma série incompleta e não tenho nem espaço nem dinheiro pra começar uma coleção de quadrinhos) e não sei qual é a história nelas, mas essa da Leigh, rainha, é espetacular! Você quer motivos? Eu te dou motivos!

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Motivo Número 1: as amazonas são mortais que morreram em batalha e, em seus momentos finais, chamaram por uma deusa. Deusa, santa, entidade… qualquer religião conta, desde que a mulher clamante fosse uma guerreira em seu coração e estivesse partindo dessa pra melhor. E que melhor!

Motivo Número 2: a Diana ainda não é a DIANA-MULHER-MARAVILHA-RAINHA-DISSO-TUDO-AJOELHEM-SE-MORTAIS. Ela é uma simples adolescente feita de barro e trazida à vida por Atena e Cia. com todas as inseguranças de alguém muito novo tentando se encaixar num mundo muito velho.

Ela não é tão rápida nem tão forte. E também não tem o respeito de praticamente ninguém, pois não foi forjada em batalha, meio que um pré-requisito pra ser membro do clube, rs. As outras amazonas a consideram somente a filha mimada da rainha. Tudo o que Diana mais quer é provar seu valor e poder finalmente assumir seu lugar como princesa de Temiscira. Só que aquilo que aparentemente é uma oportunidade, se mostra algo muito maior. E perigoso.

Motivo Número 3: Alia. Ou melhor, a relação Diana-Alia. Elas não podiam ser mais diferentes uma da outra, Cada uma com seu tipo de maturidade e inocência, mas eram exatamente aquilo que precisavam ser quando se encontraram. #GRLPWR

Então sim, eu adorei esse livro e foi uma leitura em rápida, mas isso não quer dizer que eu não mudaria uma ou duas coisinhas. Por exemplo: quando eu leio algo da Leigh eu espero DRAMA, eu espero ter meu coraçãozinho de leitora esmagado, eu fico na expectativa.

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E aqui não temos esse drama. Não sei se é uma coisa contratual ou a proposta lançada pela DC não comportava Leigh Bardugo sendo Leigh Bardugo, mas fiquei levemente desapontada. Outra coisa foi a relação Alia-Semente da Guerra. A garota é muito legal e só quer se ver livre de problemas, mas eu senti falta de um lado mais sombrio. Afinal ela é uma SEMENTE DA GUERRA, uma agente do caos, sério que nem um pedacinho dela quer ver o circo pegar fogo? Aquela parte de conflito moral, onde ela sabe que é errado, mas tem uma voz em sua cabeça dizendo pra roubar o doce da criança? Promover a discórdia? Jogar glitter em alguém? Não? OK, só achei que podíamos ter isso…

Anyway, li por ser um livro da Mulher-Maravilha e sinceramente não sei se leria a ‘continuação’ do Batman, a não ser que as histórias se entrelacem depois. Alguém sabe se isso acontece?

Os Melhores (e o Pior) de 2017

Hey you. O nome do post é autoexplicativo e, mesmo que tenha demorado um pouco para sair, eu realmente quis colocar uma lista bem planejada. Li 76 livros em 2017, 76% da minha meta para o ano. Sim, poderia ser melhor em termos de quantidade, mas esse foi um ano de vários impactos na minha vida pessoal o que sem dúvida afetou minhas leituras. Eu me cobro horrores em relação a isso e fico muito desapontada quando não atinjo a meta (o que é uma coisa bizarra, já que não ler tanto quando gostaria me deixa estressada, e quando fico estressada não leio tanto quanto poderia).

Às vezes é como se fosse minha obrigação manter os padrões de leitora louca compulsiva porque afinal, essa sou eu. Então minha resolução de Ano Novo foi não ser essa pessoa. Quero retomar o prazer que eu sentia por ler cada coisinha que caísse em minhas mãos, mas, se não rolar, não vou ficar chateada com isso. Se você se identifica pelo menos um pouquinho (e conversei com muita gente que se sente exatamente assim) siga meu conselho, não esquente a cabeça e vá ser feliz.

 

De preferência com pelo menos um desses livros por perto:

PS. Não deixe de conferir as resenhas. Tem link no título de cada livro 😉

tres coroas negrasTrês Coroas Negras

Três herdeiras da coroa, cada uma com um poder mágico especial. Mirabella é uma elemental, capaz de produzir chamas e tempestades com um estalar de dedos. Katharine é uma envenenadora, com o poder de manipular os venenos mais mortais. E Arsinoe é uma naturalista, que tem a capacidade de fazer florescer a rosa mais vermelha e também controlar o mais feroz dos leões.Mas para coroar-se rainha, não basta ter nascido na família real. Cada irmã deve lutar por esse posto, no que não é apenas um jogo de ganhar ou perder: é uma batalha de vida ou morte. Na noite em que completam dezesseis anos, a batalha começa. (É intenso, é sombrio, e te faz esperar desejar a morte de alguma irmã praticamente o tempo todo. Aliás eu até poderia já colocar Um Trono Negro aqui também, mas pareceria que estou tentando te influenciar…)

 

o ceifadorO Ceifador

Primeiro mandamento: matarás. A humanidade venceu todas as barreiras: fome, doenças, guerras, miséria… Até mesmo a morte. Agora os ceifadores são os únicos que podem pôr fim a uma vida, impedindo que o crescimento populacional vá além do limite e a Terra deixe de comportar a população por toda a eternidade. Citra e Rowan são adolescentes escolhidos como aprendizes de ceifador – papel que nenhum dos dois quer desempenhar. Para receberem o anel e o manto da Ceifa, os adolescentes precisam dominar a arte da coleta, ou seja, precisam aprender a matar. Porém, se falharem em sua missão ou se a cumplicidade no treinamento se tornar algo mais, podem colocar a própria vida em risco (Na minha cabecinha impressionável esse livro já é um clássico. A tempos não ficava encanada com algum tema como fiquei com esse!)

 

o principe corvoO Príncipe Corvo

Ao descobrir que o conde de Swartingham visita um bordel para atender suas “necessidades masculinas”, Anna Wren decide satisfazer seus desejos femininos… com o conde como seu amante.
Anna Wren está tendo um dia difícil. Depois de quase ser atropelada por um cavaleiro arrogante, ela volta para casa e descobre que as finanças da família, que não iam bem desde a morte do marido, estão em situação difícil.
Em que ela deve fazer o inimaginável…
O conde de Swartingham não sabe o que fazer depois que dois secretários vão embora na calada da noite. Edward de Raaf precisa de alguém que consiga lidar com seu mau humor e comportamento rude.
E encontrar um emprego.
Quando Anna começa a trabalhar para o conde, parece que ambos resolveram seus problemas. Então ela descobre que ele planeja visitar o mais famoso bordel em Londres para atender a suas necessidades “masculinas”. Ora! Anna fica furiosa — e decide satisfazer seus desejos femininos… com o conde como seu desavisado amante.(Pra essa leitora que vos fala, verde como o verão, que não tem lá muita experiência com romances de banca além de Julia Quinn, Lisa Kleypas e Mary Balough, os acontecimentos pouco convencionais [aquela história da mocinha toda inocente já era] aqui me deixaram passada. E viciada.)

 

a rainha de tearlingA Rainha de Tearling

Quando a rainha Elyssa morre, a princesa Kelsea é levada para um esconderijo, onde é criada em uma cabana isolada, longe das confusões políticas e da história infeliz de Tearling, o reino que está destinada a governar. Dezenove anos depois, os membros remanescentes da Guarda da Rainha aparecem para levar a princesa de volta ao trono – mas o que Kelsea descobre ao chegar é que a fortaleza real está cercada de inimigos e nobres corruptos que adorariam vê-la morta. Mesmo sendo a rainha de direito e estando de posse da safira Tear – uma joia de imenso poder –, Kelsea nunca se sentiu mais insegura e despreparada para governar. Em seu desespero para conseguir justiça para um povo oprimido há décadas, ela desperta a fúria da Rainha Vermelha, uma poderosa feiticeira que comanda o reino vizinho, Mortmesne. Mas Kelsea é determinada e se torna cada dia mais experiente em navegar as políticas perigosas da corte. Sua jornada para salvar o reino e se tornar a rainha que deseja ser está apenas começando. Muitos mistérios, intrigas e batalhas virão antes que seu governo se torne uma lenda… ou uma tragédia. (Essa é a história de uma Daenerys Targaryen numa realidade paralela, onde nada é o que parece e ela enfrenta problemas gigantescos a Cada. Maldito. Passo. E, apesar de não ter a mínima experiência nessa coisa de ser rainha, ela tem um cérebro que compensa qualquer outra falha. Sério, eu não posso recomendar o suficiente esse livro. Quero dizer, saia dessa lista e vá comprar o seu agora.)

 

o beijo traiçoeiroO Beijo Traiçoeiro

Com sua língua afiada e seu temperamento rebelde, Sage Fowler está longe de ser considerada uma dama — e não dá a mínima para isso. Depois de ser julgada inapta para o casamento, Sage acaba se tornando aprendiz de casamenteira e logo recebe uma tarefa importante: acompanhar a comitiva de jovens damas da nobreza a caminho do Concordium, um evento na capital do reino, onde uniões entre grandes famílias são firmadas. Para formar bons pares, Sage anota em um livro tudo o que consegue descobrir sobre as garotas e seus pretendentes — inclusive os oficiais de alta patente encarregados de proteger o grupo durante essa longa jornada. Conforme a escolta militar percebe uma conspiração se formando, Sage é recrutada por um belo soldado para conseguir informações. Quanto mais descobre em sua espionagem, mais ela se envolve numa teia de disfarces, intrigas e identidades secretas. E, com o destino do reino em jogo, a última coisa que esperava era viver um romance de tirar o fôlego.
(Mulan + A Maldição do Vencedor + The Kiss of Deception = O Beijo Traiçoeiro.)

 

 

minha lady janeMinha Lady Jane

Toda história tem sempre duas versões…Inglaterra, século XVI, dinastia Tudor. O jovem Rei Eduardo VI está à beira da morte e o destino do país é incerto. Para evitar que o poder caia em mãos erradas (leia-se: nas mãos de Maria Sangrenta), Eduardo é persuadido por seu conselheiro a nomear Lady Jane Grey, sua prima e melhor amiga, como a legítima sucessora. Aos 16 anos, Jane está em um relacionamento muito sério com seus livros até ser surpreendida pela trágica notícia de que terá de se casar com um completo estranho que (ninguém lembrou de contar para ela) tem um talento muito especial: a habilidade de se transformar em cavalo. E, pior ainda, descobre que está prestes a se tornar a nova Rainha da Inglaterra! Arrastada para o centro de um conflito político, Jane suspeita de que sua coroação na verdade esconde um grande plano conspiratório para usurpar o trono. Agora, ela precisa definitivamente manter a cabeça no lugar se… bem, se não quiser literalmente perder a cabeça. Um rei relutante, uma rainha-relâmpago ainda mais relutante e um nobre (e) garanhão puro-sangue que não se conformam com o destino que lhes foi reservado; uma história apaixonante, envolvente, cativante, sedutora… e mais uma porção de sinônimos que só Lady Jane seria capaz de listar. Tudo com uma leve semelhança com os fatos históricos. …afinal, às vezes a História precisa de uma mãozinha. (Não dei 5 estrelas nesse livro, mas ele aparece aqui porque eu realmente duvidava que as autoras fariam tudo isso funcionar, e estava redondamente enganada. Além do mais ele é fofo, engraçadinho e muito original. E tem pessoas que se transformam em animais na corte Tudor, seu argumento é inválido.)

 

enraizadosEnraizados

Autora da aclamada série Temeraire, bestseller do The New York Times, Naomi Novik introduz um mundo novo e ousado, com raízes fincadas no folclore eslavo, em Enraizados, indicado ao Hugo e vencedor do Nebula, entre outros prêmios literários. Na trama, Agnieszka e Kasia são melhores amigas e levam uma vida tranquila no vale. Mas essa tranquilidade cobra seu preço. Afinal, às margens do vilarejo onde moram fica a temida Floresta corrompida, cheia de um poder maligno desconhecido, e para impedir que ele avance para além das fronteiras da Floresta, o povo do vale conta somente com a proteção de um mago frio e ambicioso, que a cada dez anos exige que uma jovem do vilarejo seja entregue para servi-lo. Enquanto a próxima escolha se aproxima, Agnieska teme por sua bela, graciosa e corajosa amiga. Mas pode ser que ela esteja errada. Porque, quando o Dragão chegar, não é Kasia que ele vai escolher.
(Esse é o livro que tenho ciúmes de colocar na lista. É aquele que me tocou tão profundamente que gostaria de guardar só para mim, mesmo sabendo que seria errado não compartilhar essa preciosidade. Então aproveitem antes que eu apague isso aqui!)

 

Filha-das-trevasAnd I Darken

Lada Dragwlya e o irmão mais novo, Radu, foram arrancados de seu lar em Valáquia e abandonados pelo pai – o famigerado Vlad Dracul – para crescer na corte otomana. Desde então, Lada aprendeu que a chave para a sobrevivência é não seguir as regras. E, com uma espada invisível ameaçando os irmãos a cada passo, eles são obrigados a agir como peças de um jogo: a mesma linhagem que os torna nobres também os torna alvo.Lada despreza os otomanos. Em silêncio, planeja o retorno a Valáquia para reclamar aquilo que é seu. Radu, por outro lado, quer apenas se sentir seguro, seja onde for. E quando eles conhecem Mehmed, o audacioso e solitário filho do sultão, Radu acredita ter encontrado uma amizade verdadeira – e Lada vislumbra alguém que, por fim, parece merecedor de sua devoção.Mas Mehmed é herdeiro do mesmo império contra o qual Lada jurou vingança – e que Radu tomou como lar. Juntos, Lada, Radu e Mehmed formam um tóxico e inebriante triângulo que tensiona ao limite os laços do amor e da lealdade.Sombrio e devastador, este é o primeiro livro da mais nova série de Kiersten White. Cabeças vão rolar, corpos serão empalados… e corações serão partidos.  (Anualmente encontramos heroínas ph%d@$ não convencionais que não se encaixam em padrões, nem nos de beleza nem nos de comportamento. Porém essas mocinhas sempre acabam ‘migrando’, passam por alguma transformação e BAM, estamos de volta aos padrões de heroína bonita e cheia de graça. Isso não acontece com Lada. E eu aconselho a ninguém falar de sua aparência ou modos perto dela, as consequências não são agradáveis.)

 

senhor das sombrasO Senhor das Sombras

A ensolarada Los Angeles pode ser um lugar sombrio na continuação de Dama da Meia-Noite, de Cassandra Clare. Emma Carstairs finalmente conseguiu vingar a morte dos pais e pensou que com isso estaria em paz. Mas se tem uma coisa que ela não encontrou foi tranquilidade. Dividida entre o amor que sente pelo seu parabatai Julian e a vontade de protegê-lo das graves consequências que um relacionamento entre os dois pode trazer, ela começa a namorar Mark Blackthorn, irmão de Julian. Mark, por sua vez, passou os últimos cinco anos preso no Reino das Fadas e não sabe se um dia voltará a ser o Caçador de Sombras que já foi. Como se não bastasse, as cortes das fadas estão em polvorosa. O Rei Unseelie está farto da Paz Fria e decidido a não mais ceder às exigências dos Nephlim. Presos entre as exigências das fadas e as leis da Clave, Emma, Julian e Mark devem encontrar um modo de proteger tudo aquilo que mais amam — juntos e antes que seja tarde.
(Cassandra não desaponta e novamente nos faz querer comer os próprios corações, só pra superar os sentimentos todos que esse livro causa.)

 

uma-tocha-na-escuridaoUm Tocha na Escuridão

O segundo livro da história épica e eletrizante sobre liberdade, coragem e esperança. Ambientado em um mundo brutal inspirado na Roma Antiga, “Uma Chama Entre as Cinzas” contou a história de Laia, uma escrava lutando por sua família, e Elias, um soldado lutando pela liberdade. Agora, em “Uma Tocha Na Escuridão”, ambos estão em fuga, lutando pela vida. Após os eventos da quarta Eliminatória, os soldados marciais saem à caça de Laia e Elias enquanto eles escapam de Serra e partem numa arriscada jornada pelo coração do Império. Laia está determinada a invadir Kauf, a prisão mais segura e perigosa do Império, para salvar seu irmão, cujo conhecimento do aço sérrico é a chave para o futuro dos Eruditos. E Elias está determinado a ficar ao lado dela – mesmo que isso signifique abrir mão da própria liberdade. Mas forças sombrias, tanto humanas quanto sobrenaturais, estão trabalhando contra eles. Elias e Laia terão de lutar a cada passo do caminho se quiserem derrotar seus inimigos: o sanguinário imperador Marcus, a cruel comandante, o sádico diretor de Kauf e, o mais doloroso de todos, Helene – a ex-melhor amiga de Elias e nova Águia de Sangue do Império. A missão de Helene é terrível, porém clara: encontrar o traidor Elias Veturius e a escrava erudita que o ajudou a escapar… e acabar com os dois. Mas como matar alguém que você ama desesperadamente?
(“O Imperador Marcus, por exemplo, está se metamorfoseando em Joffrey Baratheon não tão lentamente assim e Cersei, digo, a Comandante atingiu novos níveis de maldade. Sim, é possível.” Se vilões terríveis não te fazem começar uma leitura, talvez Helene Aquilá e seu plot INCRÍVEL fará.)

 

Foi um ano de livros MUITO bons, mas é lógico que sempre aparece alguém pra azedar as coisas, por mais que você quisesse gostar daquela leitura. Confiram esses dois abaixo, mas não digam que não avisei.

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a herdeira da morteA Herdeira da Morte

Twylla tem 17 anos, vive num castelo e, embora seja noiva do príncipe, não é exatamente um membro da corte. Ela é o carrasco. Primeiro de uma surpreendente série de fantasia, Herdeira da Morte conta a história de uma garota capaz de matar instantaneamente qualquer pessoa que ela toca. Até mesmo seu noivo, cujo sangue real supostamente o torna imune ao toque fatal de Twylla, evita sua companhia. Porém, quando um novo guarda chega ao castelo, ele enxerga a garota por trás da Deusa mortal que ela encarna, e um amor proibido nasce entre os dois. Mas a rainha tem um plano para acabar com seus inimigos, e eles incluem os dons de Twylla. Será que a jovem se manterá fiel a seu reino ou abandonará tudo em nome de um amor condenado? (Eu tenho horror a protagonista fraca que se acha forte. Horror.)

 

crave a marcaCrave a Marca

Num planeta em guerra, numa galáxia em que quase todos os seres estão conectados por uma energia misteriosa chamada “a corrente” e cada pessoa possui um dom que lhe confere poderes e limitações, Cyra Noavek e Akos Kereseth são dois jovens de origens distintas cujos destinos se cruzam de forma decisiva. Obrigados a lidar com o ódio entre suas nações, seus preconceitos e visões de mundo, eles podem ser a salvação ou a ruína não só um do outro, mas de toda uma galáxia.
(Esse simplesmente foi muita decepção para uma pessoa só, não podia acreditar no nível de tédio que a leitura me provocava. É um livro da Veronica Roth! Quando eu poderia imaginar que ele seria chato?)

 

E vocês, quais os melhores (e piores, prometo não espalhar nem julgar) livros que leram em 2017?

 

Senhor das Sombras – Cassandra Clare

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  •    Autor: Cassandra Clare 
  •    Editora: Galera
  •    Nº de Páginas: 602
  •    Edição: 1
  •    Ano: 2017
  •    Título Original: Lord of Shadows
  •    Tradutor: Rita Sussekind
  •    Avaliação: 9,0

A ensolarada Los Angeles pode ser um lugar sombrio na continuação de Dama da Meia-Noite, de Cassandra Clare. Emma Carstairs finalmente conseguiu vingar a morte dos pais e pensou que com isso estaria em paz. Mas se tem uma coisa que ela não encontrou foi tranquilidade. Dividida entre o amor que sente pelo seu parabatai Julian e a vontade de protegê-lo das graves consequências que um relacionamento entre os dois pode trazer, ela começa a namorar Mark Blackthorn, irmão de Julian. Mark, por sua vez, passou os últimos cinco anos preso no Reino das Fadas e não sabe se um dia voltará a ser o Caçador de Sombras que já foi. Como se não bastasse, as cortes das fadas estão em polvorosa. O Rei Unseelie está farto da Paz Fria e decidido a não mais ceder às exigências dos Nephlim. Presos entre as exigências das fadas e as leis da Clave, Emma, Julian e Mark devem encontrar um modo de proteger tudo aquilo que mais amam — juntos e antes que seja tarde.

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Assim como Senhora da Meia-Noite, SdS é um livro grande. Grande e compriiiiiido, com muitas coisas acontecendo antes mesmo da metade. Levei um mês nesse livro, um mês inteiro, o que pra mim é uma verdadeira vergonha, praticamente até a página 170. Foi a partir daí as coisas começaram a ficar realmente interessantes e voltei a ser eu mesma: li as outras 430 páginas em menos de dois dias 🙂

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 Acho que uma coisa que me cansou logo de cara foi a “divinificação” de Clary e Jace. Eles aparecem nessa história com 20 e poucos anos, já Caçadores de Sombras  glorificados e tratados como heróis e lendas vivas por todos. Isso era de se esperar, levando em conta o tanto que esse casal pastou e acho digno mesmo que eles mereçam respeito. Mas as interações deles com os outros personagens ficou forçada demais, irreconhecível. Parece que a Cassandra resolveu que ia botar um manto de Yoda, Gandalf, Dumbledore ou qualquer outro velho sábio neles, e os escreveu como anjos dando conselhos para os mais novos. A Clary virou uma criatura serena e Jace esqueceu como tirar com a cara de todo mundo. Uma pena. Quem acompanha a série desde o princípio sabe da personalidade de cada um e está bem familiarizado com as falhas e defeitos também, por isso acho difícil engolir essa mudança.

Sim, eu fiquei revoltada. E quanto mais penso nisso, mais revoltada fico.

Se você curtiu essa nova fase paz e amor de um dos melhores casais do universo YA, não me odeie. Eu prometo que só tenho coisas boas pra falar daqui em diante!

Eu acredito piamente que Cassandra passa horas acordada na cama, olhando pro teto e pensando: “Como posso ferrar ainda mais com a vida dos meus queridos personagens?”

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Ela deve se esforçar pra criar essas situações gente! Não é possível! E se esse dom pra romances impossíveis vem naturalmente então senhora Clare, acho que precisamos chamar um médico pra você. Ou um padre.

Resumindo qualquer livro contendo Caçadores de Sombras: você acha que seu casal do coração finalmente encontrou um meio de ser feliz e, BAM, algo terrível acontece é o mundo de todos, inclusive o seu, é virado de cabeça para baixo!

E qualquer pessoa normal ficaria irritada por ter seus sentimentos feitos de brinquedo por alguém. Mas nós somos leitores, nós não somos normais. Nós queremos mais sofrimento.

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Então chega Senhor das Sombras pra conceder esse desejo. É tiro atrás de tiro. É bomba atrás de bomba. Tem momentos de orgulho (Emma, você é demais) e ódio mortal. Tem tantas coisas cruciais acontecendo e pequenas bolhas de calmaria (pequenas, bem pequenas) e você fica maluco a cada descoberta porque, como mencionei acima, Cassandra gosta de complicar e mostrar que o buraco é mais embaixo.

Senhor das Sombras é um livro exaustivo. Ele é longo e bem lento no começo, e depois pega um ritmo alucinante que cansa. Mas é aquele cansaço bom, de dançar por horas ou nadar muito no mar.

Terminei a leitura sem saber o que ler em seguida, porque nenhum outro livro me manteria naquela vibe incrível.

Minha Lady Jane – Cynthia Hand, Brodi Ashton & Jodi Meadows

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  •    Autor: Cynthia Hand, Brodi Ashton e Jodi Meadows 
  •    Editora: Gutenberg
  •    Nº de Páginas: 368
  •    Edição: 1
  •    Ano: 2017
  •    Título Original: My Lady Jane
  •    Tradutor: Rodrigo Seabra
  •    Avaliação: 8,0

Toda história tem sempre duas versões…

Inglaterra, século XVI, dinastia Tudor. O jovem Rei Eduardo VI está à beira da morte e o destino do país é incerto. Para evitar que o poder caia em mãos erradas (leia-se: nas mãos de Maria Sangrenta), Eduardo é persuadido por seu conselheiro a nomear Lady Jane Grey, sua prima e melhor amiga, como a legítima sucessora.
Aos 16 anos, Jane está em um relacionamento muito sério com seus livros até ser surpreendida pela trágica notícia de que terá de se casar com um completo estranho que (ninguém lembrou de contar para ela) tem um talento muito especial: a habilidade de se transformar em cavalo. E, pior ainda, descobre que está prestes a se tornar a nova Rainha da Inglaterra!
Arrastada para o centro de um conflito político, Jane suspeita de que sua coroação na verdade esconde um grande plano conspiratório para usurpar o trono. Agora, ela precisa definitivamente manter a cabeça no lugar se… bem, se não quiser literalmente perder a cabeça.
Um rei relutante, uma rainha-relâmpago ainda mais relutante e um nobre (e) garanhão puro-sangue que não se conformam com o destino que lhes foi reservado; uma história apaixonante, envolvente, cativante, sedutora… e mais uma porção de sinônimos que só Lady Jane seria capaz de listar. Tudo com uma leve semelhança com os fatos históricos.

…afinal, às vezes a História precisa de uma mãozinha.

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Pensem numa história mucho loka. Tão louca que fiquei me perguntando mais de uma vez como a ideia de escrevê-la, pra começo de conversa, surgiu. E de todas as alternativas que passam na minha cabeça (pode crer que são muitas) no final só penso: na próxima quero estar lá pra ver isso!

Porque não é sempre que um grupo de escritoras desse calibre se reúne e resolve pegar uma das rainhas mais esquecidas da história da Inglaterra e misturar tudo com magia, metamorfos e muito humor. Fantasia + romance histórico = Como não amar?

Não sei vocês, mas eu meio que sou a louca da Era Tudor.  Tenho diploma em Philippa Gregory e pós graduação em Wikipedia. Eu literalmente sei mais sobre essa família inglesa (e todas as coisas absurdas que rolaram durante seu reinado) do que sobre a nossa família real! E nem estou envergonhada por isso!

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Com isso posso dizer que Lady Jane Grey não é um dos assuntos mais falados quando o assunto é Tudor, e o motivo é simples: ela governou por 6 dias. E então teve a cabeça separada dos ombros.

Pois é.

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Então como, meu bom povo, um livro sobre uma garota que durou tão pouco e teve um destino tão trágico pode dar certo? A resposta é simples: as únicas semelhanças com a história real são os nomes, o fato de Jane ser coroada rainha e o enorme nariz de Lorde Dudley pai (Sorte do filho não ter puxado muito a cara do pai). Já na dedicatória podemos ter uma ideia do que vem a seguir:

“Para todos aqueles que sabem que havia espaço suficiente para Leonardo DiCaprio naquela porta. E para a Inglaterra. Sentimos muito, de verdade, pelo que estamos prestes a fazer com a sua História.”

Essa nossa Lady Jane não é exatamente  uma desavisada, mas poderia ter a presença de espírito de ver as águas se agitando à sua volta e pensar: É UMA CILADA, BINO! Mas a pessoa está tão preocupada com seus livros (#julgarnãoiremos) e atormentar a própria mãe que não vê o que está em debaixo do seu nariz. Nem que isso seja um cavalo enorme: vulgo seu noivo.

Essa é uma daquelas histórias engraçadinhas, que te farão sorrir ou mesmo gargalhar e, apesar de ser essencialmente leve, Minha Lady Jane tem um plot muito bem bolado. Ele é cheio de referências que os bons entenderão, como:

“Havia também um punhado de convites para presidir eventos públicos, visitar diversas casas de campo de nobres e comparecer a algo chamado Casamento Vermelho. Jane apenas preencheu o quadradinho de “não vou comparecer” sem nem pensar duas vezes nesse último convite. Como se ela quisesse ir a mais casamentos…”

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E só por isso não tenho como não amar. Temos fantasia, humor, história (de um jeito ou de outro) e romance!

Ok, talvez o motivo para não dar uma nota maior foi justamente a caricatura. Tinha horas que era simplesmente demais e eu só queria um pouquinho mais de seriedade, ou menos forçação de barra. Mas foi impossível não me apaixonar mesmo assim, espero muito ansiosa pelas próximas “Janies” que esse trio nos trará, e espero que elas também tenham uma mãozinha no quesito história.

 

xoxo e bom fim de semana!

O Ceifador – Neal Shusterman

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  •    Autor: Neal Shusterman 
  •    Editora: Seguinte
  •    Nº de Páginas: 448
  •    Edição: 1
  •    Ano: 2017
  •    Título Original: Scythe
  •    Tradutor: Guilherme Miranda
  •    Avaliação: 9,0

Primeiro mandamento: matarás.
A humanidade venceu todas as barreiras: fome, doenças, guerras, miséria… Até mesmo a morte. Agora os ceifadores são os únicos que podem pôr fim a uma vida, impedindo que o crescimento populacional vá além do limite e a Terra deixe de comportar a população por toda a eternidade. Citra e Rowan são adolescentes escolhidos como aprendizes de ceifador – papel que nenhum dos dois quer desempenhar. Para receberem o anel e o manto da Ceifa, os adolescentes precisam dominar a arte da coleta, ou seja, precisam aprender a matar. Porém, se falharem em sua missão ou se a cumplicidade no treinamento se tornar algo mais, podem colocar a própria vida em risco.

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História original, sem pressa = favorito?

Não é sempre que vemos uma ideia realmente inovadora no mundo YA, ainda mais entre distopias (aka a ultima moda), mas se levarmos em conta todos os momentos filosóficos, e não necessariamente cheios de ação e sangue e tripas, O Ceifador tem tudo para se tornar um novo clássico.

Sim, quando eu vi a sinopse desse livro pela primeira vez tinha certeza que seria aquela leitura leve, cheia de mortes, muito sangue e uma descrição saudável de gritos e pânico. E ok, nós temos gritos e sangue e muito pânico, mas esse livro é bem mais que isso.

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Shusterman aproveita a deixa para fazer qualquer um pensar bastante sobre a própria mortalidade e o que significaria não morrer nunca. Fiquei tão encucada com a história que sai comentando com todos (imaginem a família de não-leitores tendo que responder o que eles fariam se em 2042 fosse descoberta a cura para a morte EEEE uma forma de restaurar os corpos) e debatendo internamente se a sociedade estaria melhor não governando a si mesma.

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Por falar nisso, outro aspecto marcante é a evolução da tecnologia para um ser independente, capaz de calcular precisamente estatísticas, tomar decisões eficientes para o bem geral e ao mesmo tempo reconhecer cada serumaninho com empatia. A Nuvem é a nova mãe da humanidade, e ninguém liga que ela seja um computador. Quando a tecnologia evoluiu sozinha e ultrapassou a barreira da criação humana ela também derrubou governos e recuperou os estragos que fizemos na natureza, declarando que nós não éramos capazes de cuidar de nós mesmos. E eu meio que concordo.

Porque essa Nuvem não é o comandante autoritário e frio que esperamos ver por aqui. Muito pelo contrário, ela criou uma utopia, onde todos tem empregos e educação, ninguém passa fome e classes sociais são coisas do passado (mas não no estilo comunista/deprê). Ela tornou o mundo um lugar verde novamente, aplicando as medidas que ninguém tinha coragem de tomar pra não perder dinheiro, e observa seus súditos(?) de perto para garantir que nenhum crime aconteça. E o mais legal, na minha opinião, é que com inteligencia e base de dados infinitas ela compartilha TUDO com os humanos, sem essa de manter a população ignorante.

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Porém, apesar da Nuvem ser praticamente onipresente, tem um aspecto da humanidade que ela deixou para que a gente resolvesse sozinho. O controle demográfico. Ou Colheita. Ou morte como meio de vida.

Imagine que você possa se jogar na frente de um trem e não morrer. Tudo bem, você vai virar purê, mas agora temos a tecnologia capaz de salvar uma pessoa até de decapitação! E com todo mundo vivendo 200 anos com corpinho de 20 nada mais natural que um MONTE de bebês, né? Para não deixar a superpolulação virar um problema a Nuvem criou a Ceifa, e lhe deu total autonomia. Tanto que um Ceifador não pode nem acessar o banco de dados da Nuvem como qualquer um, para não correr o risco de influenciar seu trabalho.

Daí eu penso, como num mundo todo perfeitinho assim teríamos uma história? Porque, meu bom povo, tem sempre aquela pessoa que quer ser o dono da p#R$@ toda e não medirá esforços. E é aí que Citra e Rowan caem de paraquedas. Não numa Ceifa organizada e unida, mas no meio de um caos político e muuuuuito sangrento. O desenvolvimento dos dois é ótimo, e mesmo que a gente saiba só pela sinopse que vai rolar um sentimento ali, eles simplesmente não são adolescentes típicos.

Alias, é justamente o fato de serem tão singulares que acabará com suas vidas.

Atenção: O Ceifador causa dependência. Os conflitos são tão imprevisíveis que você não tem escolha, a não ser ficar acordado a noite toda lendo. O final não tem um super gancho, mas dá espaço pra uma continuação que já está na minha lista de desejados!

 

xoxo e boa semana!

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Desi Bibliotecando part. 1

Olá leitores,

Hoje venho com um post um diferentão. Essa semana fiz uma parceria muito legal com quatro bibliotecas dos SESIs aqui da minha região (Nárni… digo, Campinas – SP e cia) e pude indicar novos títulos para suas estantes.

Como vocês devem imaginar, cada biblioteca recebe uma verba destinada a adquirir novos livros (o sonho de qualquer um aqui) e eu tive a honra de compartilhar opiniões e indicações! O objetivo era encontrar livros incríveis e especiais para o publico jovem, coisa que gosto bem pouco de fazer.

Quem me acompanha nas redes sociais sabe que tive a chance de ir em algumas escolas SESI conversar com os alunos, falar sobre meu livro, meus hábitos de escrita e basicamente surtar um pouquinho dando dicas de leituras.

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Como já fui in loco, pude bisbilhotar xeretar ver mais ou menos que séries cada já biblioteca tinha e então partir daí. Depois disso veio a parte legal, buscar nas minhas estantes entre novidades e livros pouco conhecidos os que eu achava que os alunos mais gostariam. Sério, não tem nada melhor do que indicar livros pra outros leitores. (A não ser comprar mais livros.)

Sim, me empolguei, como vocês já podem ter imaginado e reuni 24 indicações, tanto de livros únicos quanto séries, que irei dividir em dois posts. Esse primeiro vai mostrar os livros com uma pegada mais fantástica e sobrenatural, e o próximo vai trazer romances, tanto contemporâneos quanto de época e fantasiosos.

Espero que gostem e não deixem de dar suas próprias indicações!

Trilogia Grisha – Leigh Bardugo; ed. Gutenberg (resenha aqui)

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Trilogia do Abhorsen – Garth Nix; ed. Rocco  (resenha aqui)

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Três Coroas Negras – Kendare Blake; ed. Globo Alt (resenha aqui)

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Minha Lady Jane – Cynthia Hand, Brodi Ashton e Jodi Meadows; ed. Gutenberg

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A Rainha de Tearling – Erika Johansen; ed. Suma das Letras ( resenha aqui)

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Enraizados – Naomi Novik, ed. Fantástica

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As Crônicas Lunares – Marissa Meyer, ed. Rocco (resenha aqui)

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Série Trono de Vidro – Sarah J. Maas, ed Galera Record (resenha aqui)

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Série Feios – Scott Westerfeld, ed. Galera Record

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A Menina Mais Fria de Coldtown – Holly Black, ed. Novo Conceito (resenha aqui)

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Trilogia Never Sky – Veronica Rossi, ed. Rocco (resenha aqui)

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Série Academia de Vampiros – Richelle Mead, ed. Agir

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O Ceifador – Neal Shusterman, ed. Seguinte (resenha aqui)

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😀

Se você é aluno de algum SESI aqui da minha região, de nada 😉 Se não, sinta-se livre, leve e solto para passar meu contato (desigusson@gmail.com) pra sua bibliotecária, que terei o maior prazer em montar uma lista personalizada!

xoxo

 

Crooked Kingdom – Leigh Bardugo

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  •    Autor: Leigh Bardugo
  •    Editora: Henry Holt and Co.
  •    Nº de Páginas: 536
  •    Edição: 1
  •    Ano: 2016
  •    Título Original: –
  •    Tradutor: –

   Avaliação: 9,5

Cuidado humano, a não ser que você saiba quais os riscos de ingerir ‘parem, aconselho que mantenha distancia deste post!

Bem-vindo ao mundo grisha.
Depois de efetuar um golpe aparentemente impossível na infame Corte do Gelo, o prodígio do crime Kaz Brekker sente que nada poderá detê-lo. Mas sua vida está prestes a ter uma perigosa reviravolta—e com amigos que estão entre os mais mortais marginais na cidade de Ketterdam, Kaz vai precisar contar com mais do que pura sorte para sobreviver nesse submundo implacável. (Tradução livre, leve e solta)

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Olha, uma coisa que vocês deveriam saber antes de chegar perto de qualquer livro de Leigh Bardugo: ela come corações no café-da-manhã.

Essa mulher não tem problema nenhum, aliás eu acho que ela até gosta, de atormentar e esmigalhar os sentimentos de seus leitores. Não era pra ela gostar da gente? “Que espécie de amor é esse Leigh?! Eu me dediquei tanto a você e é assim que você retribui??”

Você me traiu

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Desculpa. É demais pra mim.

E ainda assim a louca aqui adora tudo o que ela escreve. Pois é, não posso evitar. E, cara, Crooked Kingdom é uma obra prima.

Ok, vamos falar da continuação de Six of Crows e talvez assim vocês entendam um pouco mais meu drama:

Eles conseguiram o impossível, agora precisam viver com as consequências disso…

A espera pelo que viria após a conclusão de Six of Crows me deixou maluca por meses. O ritmo é uma corrida alucinante de acontecimentos, mesmo sendo um livro enorme, que não acaba nunca! Uma verdadeira montanha russa de sentimentos, que te leva a comemorar cada pequena vitória e querer gritar quando as coisas dão errado. Tiros, correria, vingança, tramas, criminosos, amor, desespero, arrependimentos, coragem, magia e mais tiros. E é tanta coisa que o Kaz não consegue controlar, por mais que ele tente… (pausa para a blogueira se recompor).

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Falando em Kaz, Inej sempre vem logo em seguida. Eu realmente gosto muito de todos os personagens, Bardugo não poderia ter criado um grupo mais heterogêneo nem se tentasse, mas Inej e Kaz pra mim são a cereja desse bolo de arco-íris e pedaços de unicórnios. Se você prestar bastante atenção, pode ouvir o exato momento onde seu coração se parte por eles. Das infâncias arruinadas ao presente COMPLICADO, nada acontece como já estamos acostumados nos outros livros YAs.

Aliás, a qualidade da escrita e enredo é bem mais do que vemos na maioria dos YAs. Esse não é o seu livro “podia estar matando, podia estar roubando, mas estou lendo”. Não é o seu livro “acabou a bateria do celular na fila do banco”. Esse é do tipo “não fale comigo, não olhe pra mim, não respire perto de mim porque estou lendo”, aquele que envolve desde a primeira página e, quando você finalmente se dá conta, ele já tomou conta do seu ser. Sou apaixonada pela Leigh desde Sombra e Ossos, mas ela é a prova viva de que o que está bom sempre pode melhorar. Não há medo de ser poético, de ser profundo e brutal aqui.

Terminei essa viagem sem acreditar que era o fim e agora não sei se quero ser uma grisha ou acrobata quando crescer, mas posso te garantir que você vai se apaixonar pelas duas!

E sim, eu sei que é uma duologia, mas PELO AMOR DOS DEUSES! Não pode acabar assim, não é aceitável, não é humano!!

Tudo dói e eu estou morrendo. 🙂

O Novo IYRDIW, Desi Gusson!

Oi gente, a Desi aqui.

Alguns de vocês me conhecem por Andh, Andhromeda ou Desirée, somos todas a mesma pessoa. Piradas, hiperativas, preguiçosas, mas a mesma. Seis anos atrás comecei o que seria um dos capítulos mais importantes da minha vida: o blog Insonia, You’re Doing it Wrong. O IYRDIW.

Ele surgiu como a forma de uma garota de 19 anos extravasar suas opiniões sobre os livros que lia. O blog foi aumentando, o canal no YouTube veio complementar e várias parcerias e amizades foram firmadas. Mas, com o passar do tempo, o interesse diminuiu. Não vou mentir, a “adultice” bateu forte e aquilo que antes era uma prioridade acabou ficando de lado.

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Apenas ano passado, quando a oportunidade de publicar meu bebê apareceu, que comecei a reviver aquela vontade de retomar meu blog querido. Porém, cada resenha postada parecia um sacrifício, como se eu tivesse perdido a mão, como se aquele paranauê que fazia o IYRDIW ser o IYRDIW já não existisse mais.

Demorei pra entender, mas não sou mais a mesma garota de meia década atrás, minha vida muito desde lá, então nada mais natural que o IYRDIW mudar comigo. Seu novo título é mais versátil, como os assuntos do blog. Não vou tratar só de resenhas (as resenhas e gifs são pra sempre!), mas da Desirée escritora também, com técnicas de escrita e leitura, erros e acertos literários e principalmente, quero conversar mais com vocês, saber suas histórias e interesses. Saber o que os tornam os leitores que são hoje.

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Por isso conto com você, caro leitor, pra interagir e compartilhar, trocar figurinhas e shippar loucamente como se não houvesse amanhã comigo.

 

Bem-vindos ao Desi Gusson. 😉

 

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