- Autor: Robert Kirkman & Jay Bonasinga
- Editora: Record
- Nº de Páginas: 361
- Edição: 1
- Ano: 2012
- Título Original: The Walking Dead: Rise of the Governor
- Tradutor: Gabriel Zide Neto
- Avaliação: 8,0
Nunca havia ouvido falar do universo The Walking Dead. Juro. Daí, como vi que esse livro serve como prequel para os quadrinhos e série de TV, preferi continuar na santa ignorância, para poder aproveitar o máximo de surpresas possíveis.
Deu certo.
Aliás, deu mais que certo.
Eu simplesmente não consegui dormir depois. Apagar a luz do quarto então? Há, só na próxima encarnação.
“Agora me lembro, blogueira, você tem medo de zumbi, né? Então pra que? Pra que você foi ler esse livro??”
Boa pergunta. Ótima na verdade, deve ser como aquele fiapo solto na blusa, que você puxa um tiquinho e se arrepende na hora, pois está desfiando a blusa inteira. Mas quem disse que consegue parar?
Ler um livro de zumbi foi mais ou menos isso. E rendeu, porque já assisti todos os episódios lançados da série logo após a leitura. (Já, já, falo disso.)
O grande ponto de The Walking Dead – A Ascensão do Governador não é toda a ação, a matança, as tripas, os miolos e o sangue + sangue + sangue², é o efeito que todo esse horror tem sobre as pessoas comuns.
Você, nerdão metido a valente, que acha legal um apocalipse zumbi e que imagina que vai ser super irado sair por ai chutando traseiros apodrecidos, pense duas vezes. A chance desse traseiro ser de alguém que você ama é enorme. Na verdade, provavelmente é o seu traseiro zumbificado que vai ser chutado, é só um toque…
Escapar dos mortos-vivos não é nenhum piquenique no parque, e só de ver todo o esforço que Phillip faz para manter sua filhinha, seu irmão e seu amigo de infância seguros dá na gente uma vontade de sair estocando mantimentos, remédios e armas em casa, porque, vai que, né…
Ainda assim, eles são obrigados a presenciar todo tipo de atrocidade, bem como faze-las. Matar o que um dia foi humano, saber que, o-que-um-dia-foi-humano, quer te almoçar, lutar por comida e passar fome do mesmo jeito, ver quem você ama se afundando num buraco de desesperança… A partir de certo ponto eu meio que desejei que todos os personagens morressem de uma vez! A angústia era tanta, eu via o tamanho do poço em que eles estavam metidos, a loucura sem saída, tudo aquilo quase me fez largar o livro e sair correndo.
Odiei, me fez passar mal. Me viciou completamente.
Depois de terminar o livro foi que percebi, tudo aquilo estava acontecendo para moldar o caráter de um homem bom. Para transformá-lo em algo sem sentimentos, que seria capaz de tudo.
Isso despertou uma certa curiosidade em mim, fiquei imaginando o que as pessoas em geral, fariam numa situação dessas. No livro nós acompanhamos os quatro protagonistas e estamos tão no escuro quanto eles, por isso fui atrás da tão falada série de TV.
The Walking Dead, do mesmo produtor de Exterminador do Futuro, é de certa forma mais leve que o livro, eu mais chorei do que me assustei assistindo. E olha que a maquiagem é perfeita, acreditem! Mas falta algo que a deixe tão visceral quanto o livro. De certa forma isso é bom, provavelmente eles perderiam muita audiência fazendo de outra forma.
O protagonista é Rick Grimes, um policial que acorda depois do coma, no meio da muvuca. Imagina que bacana: num momento você está lá, todo homem-da-lei, tomando um tiro, indo pro hospital, seeem problemas, ossos do oficio… No outro, você está sozinho num hospital cheio de cadáveres mastigados e uma porta lacrada com os dizeres: “não abra, mortos dentro”. Beleza, você sai do hospital anda um pouco e, opa, cadê todo mundo? Tudo está tão abandonado, ah não, ali ao longe está um bom cidadão! “Senhor, senhor.! Hey, você poderia me ajud…”
Você não termina a frase porque, sabe, o bom cidadão está rosnando pra ti, com metade da cara atropelada e aquele cheiro de gorgonzola fora da geladeira…
Enfim, gostei muito da série, são bem mais protagonistas que no livro, mais personalidades e todo tipo de conflito interno e externo que posso imaginar, com o catalizador do apocalipse zumbi. Recomendo.
“The sun ain’t gonna shine anymooooore”
Continuo tendo pavor de mortos-vivos, mas já me sinto mais preparada para um possível ataque.
Xoxo
P.S.: Talvez ter um porão fortificado e energia solar não seja assim uma má idéia…
kkkkkkkkkkkkkkk ainda n consegui ler esses quadrinhos, mas to loka p ler *.*
Qt a serie, to meio na defensiva pq um amigo (n mt confiavel mas o suficiente nesse caso) diz n ter gostado pq eles passam mt tempo “felizes” digamos assim, tipo, táo passando fome, zumbis por toda parte, um inferno e eles estáo com um sorriso na cara! Depois de ler sua resenha percebi q TV n pode ser tão forte qt um livro (por isso n gosto tanto assim de TV) mas sei lah… de qq forma esta nos meus planos dar uma chance ao seriado depois q tiver lido os quadrinhos 🙂
Bjos
P.S.: Pretendo ter energia solar na minha casa (qd construir uma) mas um porão fortificado n tinha pensado, vou colocar na planta 😉 rsrsrsrsrsrsrsrs
Ele deve ter esperado, assim como eu, que a série fosse um filme de terror muito longo. Mas não é, gostei dela justamente por isso, na verdade ela é bem realista, pq com todas aquelas casas, lojas e carros em fuga abandonados, o que não falta são mantimentos. E tem uma coisa nos americanos (por já terem passado por guerras ‘recentemente’) que nós aqui esquecemos. Eles tem TODO tipo de comida enlatada, é um habito comprar comida enlatada, desde sopa até guisado, coisa que a gnt provavelmente acha nojento aqui (eu acho), então eles tem comida. Não abundancia, dá pra ver os personagens emagrecendo com o passar do tempo, o Rick é um palito, pq ele saiu do coma magro e não conseguiu recuperar o peso.
E eles não ficam com um sorriso na cara! São todos uns atormentados! Pelo menos 80% já quase se suicidou…
Vai lá Nedi, veja o primeiro episódio pelo menos! hahahahahaha =D
Bjao
A cada livro lido suas resenhas vão ficando muito divertidas.
Eu até agora não achei um blog que tivesse umas resenhas que não deixa o leitor para na metade.
De todas as suas resenhas essa é uma das melhores, muito legal.
Muito obrigada Elaine! ^^
Fiquei muito feliz em ler isso!
xoxo
Adorei!!
agora nem sei por onde começo, pelo livro, pela série, acho q n pelos quadrinhos, ñ sou muito fã…
suas resenhas cada vez melhores!
A cada livro lido suas resenhas vão ficando muito divertidas. +2
Comece pelo livro Vitor, acabei de ler e é exatamente como a Andhromeda falou!! Muito bom!
resenha magnifica e divertidíssima!
Cara, um dia quero ser como a Andhromeda, fazer uma resenha que faça a pessoa para e pensar, “Poxa, bem que eu poderia ler esse livro depois que eu terminar o atual, o outro pode esperar”. Mas por sorte já vi tudo a respeito de The Walking Dead, e acreditem, não tenho nada a adicionar nessa resenha, ela disse tudo. Mas se tem algo que eu (pessoalmente) faria e vou fazer, é ver toda a série, ou pelo menos até terminar a temporada atual que é a 2ª, para poder ler o livro. Porque? A série mostra um lado diferente do livro, espero eu, já que no livro os autores não tem toda aquela preocupação em visual, audio, etc… Os autores do livro pensaram apenas em fazer os leitores dormirem de luz acesa e sem unha para roer, já o seriado não, mostra o tempo apocalíptico num todo, as ações das pessoas em si, na comunidade, o que acontece se uma pessoa escolher a opção errada, como li do livro, ele será focado no Governador e na ‘familia’ que roda as cidades.
Então, finalizando, creio que seria boa ideia as pessoas assistirem a série antes de ler o livro… x) Mas pelo amordodiDeus, não deixem de fazer nenhum dos dois.
/o/
Estou acompanhando a série e estou querendo ler o livro… A serie esta sendo fiel ao livro, quando a história geral e seus personagens? Só achei dois livros na internet o “a caminho de woodbury” e “a ascensão do governador” não existem outros anteriores? Já que na série apenas na terceira temporada mostra a cidade. Agradeço!!
Sooou apaixonado pela série , e espero comprar o livro pra ler também !
e acredito que seja mais de um livro , ou estou enganado ?
vooce recomenda Deeê ?